Mitsubishi – Lancer Evolution

A evolução esportiva do sedã japonês Lancer, lançada em 1992, fez história ao entregar mecânica e visual de carro de rali. Equipado com suspensão reforçada, motor de alta performance, tração 4×4, aerofólios e tomadas de ar gigantescos, o Mitsubishi Lancer Evolution, ou Lancer Evo como ficou conhecido, colecionou prêmios e fãs ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde chegou em 1995 com sua quinta geração. Faltava apenas revisar a questão da relativa rusticidade do modelo. No vídeo abaixo contaremos melhor sua história, e poderão ver essa fera do asfalto e da terra.

Quer saber mais? Afivele os cintos, aperte o play e venha com a gente nessa aventura!

Enquadramentos ideológicos do consumo

Nesse post, será apresentado a vocês, as 4 visões do consumo, são elas: Hedonista, Moralista, Naturalista e Utilitarista. Quer saber qual o seu pensamento em relação ao consumo? Continue ligado!

Hedonista: Consumo = Felicidade
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Possuir produtos e serviços é ser feliz e ter sucesso. O consumo é seu passaporte para o paraíso.
Principal porta-voz: Publicidade
É uma das visões mais frágeis pois sua ideologia é obviamente mentira, é um obstáculo para a apuração do entendimento sobre consumo.

Moralista: Consumo = problema
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Vilaniza o consumo, tudo é culpa do consumo: violência, desequilíbrios (mental, familiar, ecológico). Falar mal do consumo é politicamente correto.

Naturalista – Consumo natural
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Consumo num contexto de sinônimo para outras palavras – fora do contexto social.
“O fogo ‘consome’ a floresta” – Natural
“É preciso ‘consumir’ o oxigênio ou comida para não morrer – biológico
“Aquele trabalho consumiu a vida dele” – Universal
É o consumo biologicamente necessário ou universalmente utilizado
Misturar naturalismo e cultura, é uma estratégia para fazer com que o consumo seja inscrito como um fenômeno fora da esfera cultural e simbólica.
Biologicamente necessário – comprar roupa para não morrer de frio
Simbólico e cultural – simplesmente comprar e usar a roupa, por vontade própria

Utilitarista – Marketing = útil para vender mais
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Compromisso com produtos, lojas, marcas, serviços, comportamento do consumidor, contexto sobre como vender mais, tem que ser útil e dar resultados, isso limita a possibilidade de construir uma teoria do consumo em sentido mais amplo, o foco é outro, sem pensar na questão social.

A Cultura do Consumo (Linha do tempo)

Nessa linha do tempo, mostraremos a origem histórica da cultura do consumo, e suas mudanças até a atualidade, claro que não chega a ser um conteúdo muito aprofundado no assunto, porém é o suficiente para terem uma noção do que é essa cultura, e de como surgiu. Vamos lá?

hqdefaultA Cultura do Consumo foi desenvolvida no Ocidente durante a Modernidade, e é uma relação entre modos de vida e recursos materiais simbólicos (objetos), feita pelo mercado. Ela se estende desde o o século XVIII (modernidade) até o presente.

crystal_palace_interior1No século XIX o mundo era uma experiência passível de consumo, onde tudo é exibição: o surgimento dos shoppings, das galerias, das lojas de departamentos, de exposições internacionais, dos museus e de novas formas de entretenimento.O consumo é transformado numa cultura respeitável com a luta para arrancá-lo das mãos tanto da aristocracia (onde é sinônimo de luxo, decadência, superficialidade terminal) quanto das classes trabalhadoras (onde significa libertinagem pública, os excessos de bebida, o populacho divertindo-se).

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A década de 1920 foi a primeira década consumista e também onde houve a ligação entre o consumo e a modernização, as pessoas se tornavam modernas através dos bens que consumiam, e isso lhes facilitava a vida cotidiana, foi aí também que surgiu a publicidade, por conta do início da concorrência.Não se pensava mais em modernização para o futuro, a modernização já era o presente. Foi nessa década também que surgiram as normas modernas que ditavam a maneira como os produtos deveriam ser produzidos, vendidos e assimilados.

thumb-caloi-publicidade-marcante-nos-anos-19801Em 1980 o consumidor era extremamente valorizado e sua vida cotidiana moderna, começou-se a pensar no que eles gostariam de consumir ao invés de fazer com que eles sejam obrigados a consumir aquilo que é produzido, pois se o consumidor não quer o que uma determinada empresa produz, certamente comprará do concorrente. Foi o início também da individualização dos produtos, onde produzia-se vários modelos diferentes para que seu produto seja diferente do do outro.

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No Regime Antigo o status era inflexível, ou seja, quem nascia na nobreza ou na burguesia, levaria esse título até o fim da vida, a moda era apenas para quem podia, e só quem tivesse sangue real, teria o poder de aquisição para a mesma. Já no Regime Novo o status agora é totalmente flexível, e qualquer um que trabalhe pode obter seu status através da moda, e há uma competição por status através dos bens que possui, diferenciados por marcas conceituadas ou não.

Bibliografia: Livro “Cultura do consumo e modernidade” de Don Slater

A cultura do consumo (características)

Agora, vamos falar sobre as características do consumo na modernidade, são aspectos do consumo que todo mundo, inconscientemente conhece, porém, muitos nunca pararam para pensar no assunto. Preparados? Dessa vez o post é grande, mas não deixa de ser interessante 😉

marcas-do-consumoA cultura do consumo é cultura de consumo
A cultura do consumo não é mais uma cultura isolada, agora, no mundo moderno, ela engloba também todas as práticas sociais e valores culturais, pois estes são orientados pelo consumo. As pessoas estão mais preocupadas em “ter” do que “ser”, pois seus status e vida social, depende do que elas possuem.
Agora também, consumir não é apenas sinônimo de trocar dinheiro por uma mercadoria, o consumo está em todo lugar, como no patrão que consome a mão-de-obra do empregado, o ar e o alimento são consumidos pelo nosso corpo, assim como o consumo de conhecimento, ao assistirmos uma aula ou lermos um livro. Sendo assim, o consumo gira em torno de todas as outras culturas.

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A cultura do consumo é a cultura de uma sociedade de mercado
Nessa característica da cultura do consumo, podemos ver que tudo que consumimos (produtos e serviços), foram feitos para serem consumidos, por isso vivemos numa sociedade de mercado, onde o trabalhador vende sua força de trabalho para produzir um produto A, para ganhar seu salário e comprar um produto B, enquanto o trabalhador que produz o produto B, vende a sua para comprar o A, tudo gira em torno do mercado.

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A cultura do consumo é, em princípio, universal e impessoal
É impessoal porque o cliente é um público genérico e anônimo, ou seja, quem produz, não conhece pessoalmente quem será o consumidor final do seu trabalho. O impessoal é personalizado de forma geral, a produção cria vários modelos do mesmo produto, mas cria milhões de cada modelo, cada cliente escolhe o modelo que mais se parece consigo e sente que o produto foi personalizado para si, quando na verdade, muitas outras pessoas também o sente.
É universal porque a única restrição para consumir é ter dinheiro, qualquer pessoa pode comprar e qualquer coisa pode ser vendida, não há restrição além do dinheiro, diferente do regime antigo quando o poder de compra era dado pelo sangue, e não pela quantidade de recursos financeiros possuídos.

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As necessidades do consumidor são, em princípio, ilimitadas e insaciáveis
Em outras culturas, o desejo de consumir é considerado patologia social moral (pecado, corrupção, decadência), mas na cultura do consumo, ele é necessário para o progresso sócio-econômico.
As necessidades do consumidor são ilimitadas pois realmente não há limite para o que precisam ou julgam precisar, não há limite do que podem ou não comprar, exceto é claro, pelos seus recursos financeiros, e são insaciáveis pois há sempre uma novidade, todo dia surge uma nova necessidade, e consequentemente, algo que a supra e desperte o desejo do consumidor.

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A cultura do consumo identifica liberdade com a escolha privada e a vida privada
Ser um consumidor é fazer escolhas: decidir o que você quer, pensar na maneira de gastar o dinheiro para obtê-lo. É uma imagem extremamente sedutora de liberdade. O consumo é privado, pois não tem interesse público nem interferência do governo, um grupo ou indivíduo pode consumir independente da opinião pública.
Porém, quando se tem essa liberdade, o consumo se torna egoísta, as pessoas consomem sem o pensamento coletivo, como por exemplo o consumo excessivo de água, ou qualquer outro recurso natural que prejudica toda a sociedade. As pessoas trocam o poder e a liberdade no trabalho ou na arena política por mero contentamento privado.

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A cultura do consumo é um meio privilegiado para negociar a identidade e o status numa sociedade pós-tradicional.
Agora o status é a conquista do momento. O acesso aos bens é regulado exclusivamente pelo dinheiro e ainda assim significam posição social.
Os bens sempre podem significar identidade mas, nos processos fluidos de uma sociedade pós-tradicional, a identidade parece ser mais uma função do consumo que o contrário, que era a visão tradicional.
No mundo novo, moderno, confiamos nas aparências, mas só no velho mundo é que essas aparências tinham significados confiáveis, eram artigos fixos num código fixo.
Os bens de consumo são fundamentais para nossa forma de construir nossa aparência social, nossas redes sociais e estruturas de valor social.

Bibliografia: Livro: “Cultura do consumo e modernidade” de Don Slater
Slide da apresentação do mesmo livro dado em sala de aula

Análise do Consumo: Compras de abastecimento

Só no supermercado, pode-se encontrar 4 aspectos diferentes do ato de consumir, incrível não é? O consumo é algo mais complexo do que imaginamos, e cai entre nós, é meu assunto favorito *-*. Esses aspectos estão presentes nas compras de abastecimento e são: Reafirmação dos laços afetivos, presentinhos, poupar e discurso das compras.

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Reafirmação dos laços afetivos

Esse aspecto representa o ato de amor que a dona de casa tem com os outros membros da família ao realizar as compras. Ao comprar alimentos saudáveis, ou escolher um alimento que que já comprou antes e foi bem aceito pela família, a mulher demonstra sua preocupação e amor para com os demais membros. Também quando mostra seu amor ao marido, indo ao supermercado ao invés de pedi-lo que o faça, por saber que a identidade de gênero é importante para o mesmo,e ao fazer compras, o homem se sente “menos masculino”.
Então durantes as compras rotineiras e necessárias, é possível a aproximação da família e a demonstração de amor.
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Presentinhos

O presentinho é quando a mãe, que está fazendo as compras, julga que merece uma recompensa por fazê-las e por sempre estar cuidando da família, e decide que merece um presentinho. Esse presentinho pode ser algo doce e calórico, algo que não está na lista do supermercado e não é comprado por necessidade. Também pode ser dado a um membro da família, como por exemplo a um filho que se comportou bem durante as compras ou na escola, ou o marido que limpou a casa para ajudar a esposa.
Pode ser também, comer fora,se for um jantar com a família, seria um presentinho à esposa que não precisará cozinhar, ou um café que a esposa toma após as compras, que é uma auto recompensa por tê-las realizado.
Ele é sempre comprado pela pessoa responsável pela compra, para si mesmo ou para um outro membro da família, como recompensa ou agradecimento, não podendo ser comprado para a família toda, só é presentinho quando apenas um integrante o recebe.
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Poupar

A economia é um elemento explícito, frequentemente debatido e sempre posto em primeiro plano nas compras. Existem inúmeras formas de economizar.
A forma clássica de economizar é a busca de preços mais baixos, baseada na compra comparativa sistemática. Os praticantes mais comuns dessa técnica tende a ser os mais velhos.
O mais importante elemento da economia em supermercados está na busca por savers, que são os diferentes tipos de pechincha. O primeiro saver é a versão econômica dos produtos de marca própria dos supermercados, que costumam custar bem menos do que as marcas próprias comuns.
O segundo saver é o produto que fica com um preço mais baixo por tempo limitado, e esse é o único tipo que faz com que faz com que alguns compradores mudem suas intenções e compram um item que originalmente não estava em sua lista de compras. Esse tipo de saver tem seus próprios subtipos como compre dois e leve três e vantagem em comprar um item maior.
Há pontos de vendas que anunciam preços baixos com base em despesas menores, como a Argos que mantem a maior parte de seus produtos no estoque, fazendo os compradores escolherem por catálogo. Além das mercadorias e lojas, existe o fator da liquidação, muitos terão na liquidação sazonal um elemento de primeira grandeza para a sua estratégia de compras.
Existe a compradora que evita supermercados maiores, pois pensa que ali gastará demais, e aquelas que pegam uma cesta em vez do carrinho, para comprar menos, outras mandam o marido com uma lista, por ele ser desinteressado por compras, não ficará tentado em gastar mais. Alguns veem a ida às compras, não como um ato de gastar, mas sim como um ato de economia, como por exemplo, comprar algo na promoção e achar que fez um bom negócio economizando, quando na verdade, nem precisava do produto, e poderia não ter gastado nada.
Ficou claro que, embora as formas de economia difiram consideravelmente entre classes sociais, a economia ao comprar é tão importante para o rico quanto para o pobre, tanto que é um clichê dizer que os ricos são ricos porque são econômicos.
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Discurso das compras

O discurso das compras são perspectivas alternativas de registro das próprias abordagens e explicações das compras dos informantes. Esse termo “discurso” tem sido empregado para nos fazer atentar ao que não se diz, mas que está implícito nas atividades e podem bem ser negado em qualquer contexto de entrevista.É o grau de abstração desse discurso, afastado da prática e da experiência, que o torna tão rapida e facilmente assimilável por pessoas de formação diferentes.

Bibliografia: Capítulo “Atos de amor num supermercado” do livro “Teoria das compras” de Daniel Miller

Publicidade e Consumo

A publicidade é uma grande aliada do consumo, é ela quem o incentiva e faz a economia girar, já imaginaram como seria o consumo sem publicidade? Provavelmente compraríamos apenas pela necessidade, e os objetos que, graças a ela, compramos por desejo, seriam esquecidos nas prateleiras ou nem seriam inventados.
publicidade-infantilEssa é uma reflexão acerca da publicidade e sua ligação com o consumo, não apenas de bens materiais, mas também o consumo de bens simbólicos.

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A publicidade é um sistema de comunicação midiática que povoa o cotidiano contemporâneo, não apenas informando, mas incitando o consumo. Ela é a mercadoria do mercado simbólico, que discursa favoravelmente sobre as demais. O sistema publicitário assume na sociedade pós-industrial, uma postura maternal, já que os objetos são produzidos de forma automática e desumana, e para a satisfação das necessidades dos consumidores precisam de valor emocional agregado.

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A publicidade também pode ser consumida, e é preciso diferenciar o consumo do anúncio e o consumo do produto.O produto é consumido por quem tem dinheiro e o interesse ou necessidade de consumi-lo, já o anúncio, pode ser consumido por todos indistintamente, algumas campanhas são criadas também com intuito de entretenimento e diversão, para que as pessoas possam consumi-las mesmo que não possam consumir o produto,e assim, tenham maior contato com a marca.

Relação entre a Publicidade e a economia

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É comprovada a relação entre o aumento do investimento em publicidade e o crescimento econômico nacional.Os setores onde há maior numero de investimento em publicidade são os setores com maior concorrência, e estas são um reconhecido promotor do crescimento. Os países onde o investimento publicitário é menor, possuem também um crescimento econômico extremamente baixo.
A razão é a seguinte, a publicidade estimula o consumo e a concorrência, quanto mais uma empresa investe em publicidade, mais ela força sua concorrente a investir também, e assim a economia do país é consequentemente maior.

Bibliografia: Capítulo 14 (Publicidade: o sonho do consumo e a realidade da produção) do livro de João Carrascoza

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